Patrimônio Imaterial Brasil-Portugal
Mostra apresenta 65 bens culturais dos dois países
O Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (IPHAN) em parceria com a Direção-Geral do Patrimônio Cultural de Portugal promovem a Exposição Patrimônio Imaterial Luso-Brasileiro, a partir do dia 18 de dezembro, no Paço Imperial, Centro do Rio de Janeiro.
A mostra, inédita, conta com o acervo de 65 bens e mais de 200 peças. Algumas delas pertencentes a museus, e outras produzidas por mestres e artesãos brasileiros, que trabalham na cadeia produtiva do patrimônio cultural brasileiro, tais como cerâmicas milenares, instrumentos musicais portugueses, artefatos indígenas, indumentárias de diversas manifestações culturais brasileiras (bumba meu boi, maracatu, festa de Parintins e etc.). Além disso, diversos tipos de manifestações culturais acolhidas pelas instituições luso-brasileiras também estarão expostas, a exemplo do fado, das matrizes do samba, do frevo, da renda irlandesa, do queijo de minas, dentre outras. A exposição tem entrada gratuita e é livre para todos os públicos.
O patrimônio imaterial brasileiro se apresenta de diversas formas no nosso cotidiano, através de festas e celebrações, ofícios ligados à raiz da cultura brasileira, sob a influência indígena, negra e portuguesa. A mostra apresenta parte do processo de construção destes bens que são representados por fotos, vídeos, documentos e objetos. A exposição interativa é um convite para o visitante mergulhar no processo da cultura luso-brasileira, e aprender sobre o verdadeiro protagonista das manifestações artísticas.
Para o curador, Luciano Figueiredo, a exposição permitirá o acesso do público a conhecimentos restritos das comunidades. "Recentemente o Iphan ampliou a catalogação de bens culturais do país, tornando a exposição dinâmica e viva, enriquecendo ainda mais o conteúdo do acervo", destaca o historiador.
A pluralidade das manifestações artísticas e culturais ganham cores e dinamismo na cenografia proposta por Ronald Teixeira. "A exposição abrange uma diversidade de formas. A direção de arte e a cenografia idealizada para essa exposição foi pensada de modo a abrigar os diferentes estados de cultura que se apresentam na mostra. De propósito, eu criei algo que fosse um labirinto de intenções, que você pudesse perceber o espectador observando um estado de cultura diante do outro", explica o cenógrafo.
Sobre os bens Brasileiros
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Ofício das paneleiras de Goiabeiras;
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Arte Kusiwa – pintura corporal e arte gráfica Wajãpi;
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Círio de Nossa Senhora de Nazaré;
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Samba de Roda do Recôncavo Baiano;
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Modo de fazer viola de cocho;
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Ofício das Baianas de Acarajé;
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Jongo do Sudeste;
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Cachoeira do Iauaretê – Lugar Sagrado dos Povos dos Rios Uaupés e Papuri;
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Feira de Caruaru;
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Frevo;
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Tambor de Crioula do Maranhão;
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Roda e Ofício dos Mestres de Capoeira;
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Matrizes do Samba do Rio de Janeiro – partido alto, samba enredo e samba de terreiro;
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Modo artesanal de fazer queijo de Minas;
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Modo de fazer renda Irlandesa (Sergipe);
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Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis
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Fandango Caiçara;
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O toque dos Sinos de Minas Gerais;
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Ofício de Sineiro;
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Ritual Yaokwa do povo Indígena Enawene Nawe;
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Sistema agrícola tradicional do Rio Negro;
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Festa de Sant'Ana de Caicó;
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Complexo Cultural do Bumba-Meu-Boi
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Saberes e práticas associados ao modo de fazer bonecas do Karajá;
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Rtixóró - expressão artística e cosmológica do povo Karajá;
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Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim;
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São Sebastião na Região do Marajó;
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Festa do Divino Espírito Santo de Paraty;
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Cajuína do Piauí;
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Carimbó;
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Maracatu Nação;
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Maracatu Baque Solto;
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Cavalo Marinho;
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Tava – lugar de referência para o povo Guarani;
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Teatro Popular de bonecos do Nordeste;
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Modo de fazer Cuias no Baixo Amazonas;
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Festa de Santo Antônio de Barbalha;
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Romaria de carros de boi da Festa do Divino Pai Eterno de Trindade;
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Coboclinho Pernambucano;
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Feira de Campina Grande;
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Tradições doceiras da região de Pelotas e Antiga Pelotas – Morro Redondo, Ituruçu, Capão do Leão e Arroio do Padre;
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Literatura de Cordel;
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Procissão do Senhor dos Passos de Santa Catarina;
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Sistema agrícola tradicional de comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira;
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Complexo Cultural do Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins;
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Marabaixo;
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Bembé do Mercado.
Bens Portugueses
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Capeia Arraiana;
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Kola San Jon;
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Danças tradicionais da Lousa;
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Produção do Figurado de Estremoz;
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Festa em Honra de Nossa Senhora da Penha de França;
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Confecção da Louça Preta de Bisalhães;
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Endoenças de Entre-os-Rios;
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Conhecimentos tradicionais, de caráter etnobotânico e artesanal, utilizados no processo de produção de palitos de Lorvão;
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Arte-Xávega na Costa da Caparica;
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Festa de Carnaval dos Caretos de Podence;
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Artes e saberes de construção e uso da bateira avieira no rio Tejo, Caneiras;
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Festas do Povo de Campo Maior;
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Fado, canção urbana popular de Portugal;
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Dieta Mediterrânica;
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Cante Alentejano, canto polifónico do Alentejo, Sul de Portugal;
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Manufatura de Chocalhos;
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Falcoaria, Património Humano Vivo.
Ficha Técnica
Idealização e Coordenação Geral
Luiz Prado
Curadoria
Luciano Figueiredo
Direção de Arte e Cenografia
Ronald Teixeira
Design de Luz
Adriana Milhomem/ Luz em Formas
Direção de Produção
Luiz Prado e Márcia Sarquis
Produção em Portugal
Leonardo Miranda e Lucas Carrera
Assistente de Produção
Renan Fidalgo e Suellen Alves
Projetista
George Bravo
Produtora e Diretora de arte-assistente
Caroline Amaral
Assistentes de Cenografia
Marcio Rosa, Ricardo Junior e Hillary Cataldo
Cenotécnico
Dazio Mors
Escultor e Aderecista
Gabriel Barros
Seleção de Imagens e Vídeos
Luiz Prado
Fotografias e Vídeos
Acervo IPHAN, ISA, DGPC
Video Instalação “Som dos Sinos”
Estudio Crua
Edição de vídeos
Andressa Ocker
Restauro e manutenção de acervo
Paula Prado
Programa Educativo
Cristina de Pádula e Tania Queiroz
Sonorização
Boca de Trombone
Tradução
Moema Traduções
Design Gráfico
Vinicius Fragoso
Tratamento de Imagens e textos
Ivison Spezani
Assessoria de Imprensa
Estar Comunicação
Produção
LP Arte Soluções Culturais
Temporada
Paço Imperial - Rio de Janeiro
Em temporada